quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cristianismo puro e simples

O Evangelho pregado sem preconceitos e modismos é maravilhoso. Não precisa de adornos. Quero viver o "cristianismo puro e simples", comentado por C. S. Lewis.

Sem "novas unções", sem medievalismos, sem emocionalismos alienantes, sem ortodoxias cegas, sem vaidades, só restará Cristo e a sua Palavra.

Dele, para Ele, e por Ele são todas as coisas. A Ele, Jesus, seja dada toda glória, hoje e sempre. Amém.

Ouça aqui parte do livro "Cristianismo puro e simples // Mere Christianity" de C.S.Lewis: http://bit.ly/3h39MC

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Futuro imprevisível

Queridos, realmente não sei o que o Senhor Jesus fará com minha vida. Acabo de ler este artigo do blogueiro Tuco Egg, e simpatizo bastante com a ideia de me ver livre de uma instituição eclesiástica. Mas claro, isso dependerá dEle.

Até lá, acredito poder me exercitar na ideia de que todo cristão tem um chamado para sumir, dispersar, desaparecer e salgar. Faz muito sentido: o sal só salga bem quando desaparece e se espalha; a luz só ilumina quando evidencia o objeto, não ela mesma. Interessante e desafiador, eu diria.

De qualquer forma, tenho percebido que tenho muita dificuldade de me adequar aos modelos de 'obreiros' nas comunidades cristãs - nas três que já frequentei e frequento.

Aos que não são cristãos essa linguagem pode parecer bastante estranha. Concordo. E esse é justamente o problema: o cristianismo não é necessariamente uma gueto cultural onde cada dia mais nos fazemos exteriormente diferentes da cultura local, mas sim um modelo de vida baseado nos ensinos e valores de Jesus Cristo, simplesmente. Ensinos e valores que devem ser vividos e aplicados na cultura local.

A isso Jesus chamou de ser "sal da terra" e "luz do mundo".

Mateus 5
13 Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O problema humano não é a religião

Nas últimas décadas, Deus me deu a oportunidade de conhecer e vivenciar várias ideologias cristãs. Na minha busca pessoal, acabei entrando em cada uma com a ingenuidade de uma criança, me colocando a total disposição delas para um amadurecimento pessoal motivado pela minha busca a Deus. Adquiri, creio eu, um equilíbrio bíblico por ver o que cada uma tinha a me acrescentar, o que sempre me fez, ao final, optar em buscar outra.

Essa busca me levou a crer que há apenas dois meios para encontrarmos a Verdade: o doce Espírito Santo, e a pessoa de Jesus revelada nas Escrituras Sagradas.

Estive conversando com meu irmão agora sobre essas questões, e comentei com ele o que o Espírito, creio eu, me revelou esta noite: o problema não é a religião.

Antes devo defini-la: entendo religião como sendo um modelo comportamental que caracteriza determinada crença, onde os religiosos o tem tanto como causa como por efeito desta crença.

Digo que o problema da Igreja não é a religião por constatar alguns fatos:

  1. É possível o cristão estar inserido e vivenciar profundamente uma religião e manter a plenitude do Espírito de forma humilde, mansa, misericordiosa e profundamente amorosa. Quem nunca conversou com um crente de 1940, revelando a profunda comunhão que tem com o Espírito, mesmo acreditando que deve se vestir de terno e gravata para ir à igreja?
  2. Os meios liberais, que se auto-denominam não-religiosos, podem ser tão fundamentalistas em suas ideologias quanto os que eles criticam tão veementemente, dando vazão a arrogância, desamor, supervalorização da ideologia em detrimento das pessoas, não conseguindo identificar a essência do cristianismo na simplicidade, necessitando de meios comportamentais para respaldar seu modelo de cristianismo, o que não passa de mais um modelo de religiosidade.
  3. Não podemos escapar de um comportamento religioso, simplesmente por não podermos escapar de um modelo comportamental local, que é influenciado pela ideologia.

O problema não é a religião, mas como lidamos com ela, como lidamos com as equações de causa e efeito da crença, pois a iniquidade do homem sempre encontrará um caminho, independente da ideologia - religiosa ou não.

Um pensamento decorrente disso é o óbvio: o problema não é a religião, mas sim a falta de amor dentro de uma, seja ela qual for, independente do formato.

Reflexão de 22 de junho de 2008