sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O problema humano não é a religião

Nas últimas décadas, Deus me deu a oportunidade de conhecer e vivenciar várias ideologias cristãs. Na minha busca pessoal, acabei entrando em cada uma com a ingenuidade de uma criança, me colocando a total disposição delas para um amadurecimento pessoal motivado pela minha busca a Deus. Adquiri, creio eu, um equilíbrio bíblico por ver o que cada uma tinha a me acrescentar, o que sempre me fez, ao final, optar em buscar outra.

Essa busca me levou a crer que há apenas dois meios para encontrarmos a Verdade: o doce Espírito Santo, e a pessoa de Jesus revelada nas Escrituras Sagradas.

Estive conversando com meu irmão agora sobre essas questões, e comentei com ele o que o Espírito, creio eu, me revelou esta noite: o problema não é a religião.

Antes devo defini-la: entendo religião como sendo um modelo comportamental que caracteriza determinada crença, onde os religiosos o tem tanto como causa como por efeito desta crença.

Digo que o problema da Igreja não é a religião por constatar alguns fatos:

  1. É possível o cristão estar inserido e vivenciar profundamente uma religião e manter a plenitude do Espírito de forma humilde, mansa, misericordiosa e profundamente amorosa. Quem nunca conversou com um crente de 1940, revelando a profunda comunhão que tem com o Espírito, mesmo acreditando que deve se vestir de terno e gravata para ir à igreja?
  2. Os meios liberais, que se auto-denominam não-religiosos, podem ser tão fundamentalistas em suas ideologias quanto os que eles criticam tão veementemente, dando vazão a arrogância, desamor, supervalorização da ideologia em detrimento das pessoas, não conseguindo identificar a essência do cristianismo na simplicidade, necessitando de meios comportamentais para respaldar seu modelo de cristianismo, o que não passa de mais um modelo de religiosidade.
  3. Não podemos escapar de um comportamento religioso, simplesmente por não podermos escapar de um modelo comportamental local, que é influenciado pela ideologia.

O problema não é a religião, mas como lidamos com ela, como lidamos com as equações de causa e efeito da crença, pois a iniquidade do homem sempre encontrará um caminho, independente da ideologia - religiosa ou não.

Um pensamento decorrente disso é o óbvio: o problema não é a religião, mas sim a falta de amor dentro de uma, seja ela qual for, independente do formato.

Reflexão de 22 de junho de 2008

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